Mais um domingo, mais uma sessão de cinema.

Mas não seria cinema "à séria" se não envolvesse aqui a loucura dos asiáticos, e não seria um filme asiático se nao envolvesse cenas maradas com sexo e frutas exóticas e pénis dançantes e todo o tipo de coisas que nos pões a pensar: "mas será que havia mesmo necessidade disto?"
eheh

Vencedor do Urso de Prata em Berlim, capaz de me por a mim a fazer figura de urso em frente á tv: O Sabor da Melancia é daqueles filmes que quando se vê ou decepciona muito, ou nos põe a pensar "WTF?" e rebobinamos pa ver outra vez uma cena ou outra. (kindda like "Lost")



O filme relata a história de uma Taipé onde se vive uma seca enorme que faz com que não haja água e as pessoas tenhma que procurar soluções alternativas para matar a sede. Nessa cidade uma mulher regressa a casa e reencontra-se com uma antiga paixão que é agora um actor pornografico. Os dois acabam por se envolver, mas sem qualquer tipo de sexo, embora sexo seja um dos pontos fortes da história.

Tsai Ming Liang já fez outros filmes "marados" como este. O sexo é sempre o tópico abordado, mas desta vez o modo que o realizador escolhe para abordar o tema é diferente, escolhendo uma fusão entre "musica no coração" e algo aproximado a um filme do Sá Leão. Num minuto temos uma cena intensa e romantica, no outro temos uma pila ambulante perdida numa casa de banho e em outro minuto temos um homem vestido com um vestidinho cor de rosa e um chapéu de sol a dançar de uma forma que não lembra aum chimpanzé.

Como eu digo: Esta é a resposta asiática á saga American Pie. Sexo, Non-Sense e planos longos e parados (e dou enfâse ao "parados") .

mas nada do que eu diga poderá explicar o filme tão bem como estas duas cenas:



e




e para alterar completamente o ritmo (e o gênero) trago também na manga um filmezinho chamado Machine Girl que alguns de vôces já devem ter ouvido falar por aí na net, e que não deixa de ser interessante. Muitos tiros, Yakuzas, ninjas, Raparigas com armas, raparigas que são as armas, sangue... nada a que não estejam já habituados (principalmente se viram o Planet Terror, que tambem continha uma mulher com uma arma agarrada ao corpo e que curiosamente é um filme bastante parecido com este Machine Girl) mas que é sempre engraçado de ver quando ´tamos com "pica a mais" pa ver um drama qualquer.

O filme narra a história Hyuga, uma miuda que viu o seu irmão e o seu melhor amigo morrer ás mãos de um grupo de bullys. Ela persegue-os e descobre que os Bullys estão afiliados com um grupo de Yakuzas, e quando tenta fugir, é apanhada e deixada sem um braço e com algumas nodoas negras no corpo. Ao voltar para casa decide ficar na companhia de dois mecânicos amigos do sue falecido irmão, que têm pena dela e fazem aquilo que qualquer adulto responsavel faria se tivesse pena de uma criança maneta: ligam-lhe uma freaking metralhadora tamanho XXL ao braço. Mas se pensam que acabou aqui estão enganados! ela não está sozinha na festa sangrenta. A mãe do outro rapaz que morreu por acaso tem uma tara por moto-serras e decide aliar-se a Hyuga para caçarem e matarem todos os criminosos que lhes aparecem á frente. E ainda digo mais: afirmo com certeza que vôces ainda não viram tudo na vida enquanto não virem uma mulher yakuza com um sutiã-broca capaz de perfurar qualquer mão que lhe tente mexer. =)

look at the trailer:




e por fim quero deixar aqui uma curta metragem realizada por Theo Van Gogh (Para quem estuda/estudou Hist. da Arte, ele é bisneto do Theo Van Gogh, famoso negociante de arte e irmão do peculiar pintor holandês). Esta curta metragem foi acusada de ser completamente anti-islamista (e é facil perceber o porquê das acusações até porque o próprio realizar era abertamente um dos grandes criticos da religião muçulmana) e foi a causa que levou a que este fosse assassinado em Novembro de 2004 por um radical Islâmico.

O filme é todo passado num local escuro onde corpos de mulheres claramente abusadas sao usados como folhas de papel para algumas passagens do Corão e onde quatro personagens contam as suas histórias de abusos e de amor ao seu Deus, sendo que todas elas são representadas pela mesma actriz escondida por detrás de um véu negro que é transparente o suficiente para que se lhe veja o corpo nú.

Submission é uma curta metragem polémica, é um manifesto contra os costumes de uma religião que é vista como cruel para com as mulheres; mas é acima de tudo um exercisio contra os abusos feitos em qualquer parte do mundo contra qualquer mulher de qualquer religião. ou pelo menos é assim que eu a entendo.

Aconselho quem quiser a ver esta obra e a comentar sobre ela. E como já mencionei, não a coloco aqui para me manifestar seja contra que religião for (até porque os meus probelmas nao sao com as religioes mas sim com os homenzinhos que as gerem como se fossem empresas.) mas sim porque acho este filme uma boa chamada de atenção para o que realmente acontece por aí, seja em que parte do mundo for.




e por hoje fico-me por aqui.
até para a semana

Marcadores: Cinema, Thaurer